sexta-feira, 19 de março de 2010

é ultrajante sentir falta somente do que se afasta. e isso parece ser muito comum à natureza humana, por vezes egoísta. entendo a distância como a lei que regeu meus últimos dias. talvez meses. E quando mergulhei nas minhas preocupações, inseguranças e anseios me vi mais perto daqueles que queria longe. Mas desses eu não sentia falta, porque eram aqueles que eu julgava fracos e que não seria como eles. Sou composto por partes das (boas) pessoas que me cercam, e quando são os defeitos delas que me aparecem aos olhos, vejo que os encontro com muita facilidade em mim. Mas a culpa é minha.
Ao tentar me distrair com alguma campanha publicitária da Copa do Mundo do ano atual vejo que a atmosfera que essa peça pode passar me inebria tentando me convencer que os sorrisos podem brotar na minha cara e que meus problemas são menores quando juntos os homens estão. e felizes. por não saber bem quais eram e quais são meus objetivos muitas vezes me perdi nos caminhos que comecei até o presente momento. até mesmo quando escrevo o único objetivo é ver a linha correr solta sem que eu tenha necessidade de ver a palavra que ficou para trás. às vezes me pergunto se isso não é uma incapacidade minha, de lembrar de acontecimentos, conversas e atitudes com certa facilidade. confesso ser bem displiscente para alguns assuntos, mas ruim é quando uma dificuldade real é confundida como essa atitude "nem-aí". acho que isso não vai a lugar algum. esse texto não era pra ser um texto. nem um desabafo. nem sei para onde eu tô indo.
mas sinto falta. sinto falta de sentir prazer em fazer o que eu realmente gosto. de investir tempo, dinheiro, estudo e paixão no que eu realmente goso. de praticar o que quero e não deixar impedimentos que colocam em minha vida serem impedimentos para mim. não sei onde isso vai parar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

incompleto1

existem diversas maneiras de se começar um escrito. a metalinguística não é a minha preferida.
mas existe forma mais adequada de se avaliar que não escrevendo sobre si? é apenas criar uma personagem, enchê-las de pensamentos seus, dar-lhe uma vida frankesteiniana e fingir.