sábado, 24 de novembro de 2012

Nova área, novos ares

Em 24 de janeiro de 2012 a casa da minha família foi roubada. Neste dia, dois homens entraram aqui, onde vivo há 16 anos, nunca antes alvo de assaltos, roubos, furtos, nem mesmo pichações. O Cruzeiro Velho sempre foi meu bairro, meu orgulho. Até esse dia em que minha mãe foi rendida, amarrada e ameaçada com uma faca na sala de estar. Faca retirada da gaveta da cozinha, mostrando a falta de experiência dos ladrões, meros oportunistas. E eles aproveitaram bem a oportunidade. Levaram quase todos os bens materiais que tínhamos à época. Mas não a vida da minha mãe. E só por isso me sinto aliviado. Minha família não se calou, apesar de constantemente sob sentimento de insegurança e vulnerabilidade nunca antes experimentados. Denunciaram à Polícia Civil, quando suspeitos foram presos, meus pais foram à delegacia fazer reconhecimento. A polícia os prendeu, depois alguns conseguiram ser libertados. Um morreu poucos meses depois, algumas semanas após completar 18 anos. 
Meus pais investiram em segurança, pena que de forma incipiente. E só posso usar esse adjetivo porque em agosto do mesmo ano fomos roubados outra vez. Mais prejuízos, mais insegurança. Mas ao menos ninguém foi rendido nem ferido. Dessa vez um investimento maior foi feito: câmeras de segurança, cerca elétrica, sensores de movimento, portões e muro mais altos, barras e uma nova área externa. Agora, após a reforma, temos mais alegria, mais espaço, mais orgulho da casa em que moramos e mais ainda porque tivemos a chance de perceber que a vida é muito curta pra ser pequena, como se diz.
 Minha mãe e a parede com o grafiato (a cor, a decoração, as pedras, o rodapé…) que ela escolheu.
 Linda.
Um hobby que eu e ela compartilhamos e nos prometemos um ao outro dedicar horas e mais horas: jardinagem.
 Este é o Pajé de Itapagé, meu pai, fruto da sensibilidade e austeridade características de sua criação.
Esta é minha irmã, Bruna, num sábado longe do Túlio.

Linda também.



P.S.: Ainda faltam pessoas. Túlio, Alessandra, Valentina e Júnior devem figurar no próximo post. E isso é uma promessa.

domingo, 18 de novembro de 2012

poesia tardia

isto é um texto de gratidão. e é escrito sobre a pele, como tatuagem. e é escrito com luz.


obrigado pelos bons dias.

domingo, 4 de novembro de 2012

meu amigo Nietzsche

Na parede da parada, pichação:
"Só Deus pode me julgar" sobreposta por um pôster
o Alpha fora tapado com Philosophia
que agora todo julgamento permitia.

domingo, 3 de junho de 2012

Eine Tag an der Lahn

um repouso ao sol
os restos de outra estação
o mundo enquadrado
o mundo enquadrado II
o mundo enquadrado III
o mundo enquadrado IV
o mundo enquadrado V
outro mundo enquadrado

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Buchenwald - Wir sind Frei

O tempo que tomamos entre Gießen e Buchenwald é necessário para um preparo emocional apropriado. Não dá para encarar uma visita a um campo de concentração como uma saída turística de lazer. É turística no aspecto de conhecer mais do estrangeiro, mas não é lazer pois essa palavra não cabe para um terreno onde 56.000 vidas foram tiradas. E é ainda mais assustador se for considerado que Buchenwald (no português, "floresta de faias", uma espécie de árvore muito comum nas matas europeias) foi um campo de concentração e não de extermínio como foi Auschwitz. É como se eu contasse uma a uma todas as pessoas do meu bairro morrerem durante oito anos e ainda tivesse que acrescentar mais de 20.000 outras mortes. Tentei trazer para minha realidade, mas era difícil. Não sou judeu, meu país nunca foi terra para guerra, não sei o que é perder um parente por motivos políticos, ou sem motivos plausíveis. Se é que se pode falar em plausibilidade em um genocídio. Mas eu sou humano e sei o peso de uma morte. Eu sou humano e me senti desolado ao ver os restos de humanidade espalhados pelo campo.
Eram botões de camisas, farrapos dos uniformes dos refugiados, desenhos com escrita infantil, fotografias de seres esquálidos.
Condições subumanas em que alguns (sobre)viveram entre 1937 e 1945, quando da tomada do campo de Buchenwald pelos sovietes. Do portão de entrada onde as palavras Jedem das seine ("Para cada um o seu") expunham a filosofia nazista até o limite oposto da cerca são 300 metros de cascalho e pedras de entulho de velhos edifícios outrora em atividade. A caminhada nesse espaço já exige uma energia muito grande, difícil tentar imaginar nas condições diárias dos judeus, presos políticos, homossexuais e diversos outros concentrados. Cada um era identificado por triângulos de cores distintas. Para cada configuração, um perfil de encarcerado. Mas para todos o mesmo sofrimento.cEm meio à paisagem desoladora do campo aberto o contraste com a linda floresta causa confusão. E praticamente no meio desse clarão de concreto pode-se ler a seguinte sentença, escrita em hebraico, alemão e inglês: "So that the generation to come might know, the children, yet to be born, that they too may rise and declare to their children." Minha colega, estadunidense de origem judaica, chorou. Aquelas palavras eram para ela também. Assim como para cada um da linha dos 56.000 que ali faleceram ou da linha dos 158.000 restantes que sobreviveram ou escaparam à exploração nazista com um pouco de esperança e em busca de um futuro melhor.

domingo, 20 de maio de 2012

abr'olhos

Minha barriga emitia os mesmos ruídos que os da barriga de Teresa quando sob o portal da casa de Tomas. Em Praga a Primavera era outra, os romances também eram mais frutíferos. Aqui a primavera me trouxe uma Sabina, tal qual uma teresa. No entanto, eu acordara ao lado de Teresa enquanto a misteriosa Sabina perdeu-se no mundo sem me avisar. Mas eu sei o que vou fazer de mim. Quando notei, estava compartilhando rotina com uma estranha conhecida que há dois dias dormia na mesma cama que eu. Não foi uma intimidade conquistada, mas sim uma cessão. Eu cedi espaço a ela e ela se acomodou. A cama não era confortável, mas cabíamos ambos. Dormimos ao som de Transa, acordamos ao som de Blackbird. Apesar de as paredes do quarto guardarem mais outras 99 músicas dos Beatles, a única coisa que eu compartilhava com o pássaro da música do Sir Paul era a asa quebrada. Ela continua na cama enquanto eu me levanto para fazer o mesmo que no dia anterior. Privada e banho. É ruim pra caralho saber que tem alguém te vendo no seu dia a dia, ou ao menos presente e notando os seus ruídos. Mal dou brecha para minha família, quem dirá uma garota que conheci dois meses atrás. Mas Teresa é interessante. Onde andará Sabina a essa hora?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

nota passageira. nota de passageiro.


Eu não tinha parâmetros para o transporte público que utilizo diariamente aqui em Gießen. Pera lá, tinha sim. Mas estes parâmetros eram muito baixos, então qualquer coisa me impressionaria. Afinal de contas, tornar costume chegar à parada 30 minutos antes do horário apontado pelo site da empresa não é um apontador de qualidade de serviço público. Além do tempo perdido, perde-se paulatinamente a paciência ao lidar com a imprevisbilidade do horário do ônibus perde-se . Ou, apropriando-me da física, o funcionamento dos ônibus em Brasília respeitam deveras o princípio da incerteza.
E isso não se resume somente aos ônibus da Rhein-Main-Verkehrsverbund. Logo ao chegar, no dia 29 de março, quando "involuntariamente" dei um calote no trem do aeroporto para Hauptbahnhof, em Frankfurt, pude notar a eficiência e pontualidade do transporte. Ainda que o vagão da Deutsche Bahn estivesse bem pichado e com algumas partes depredadas, não foi algo que impedisse o funcionamento do carro.
Um dia desses um amigo compartilhou um link para um site em que apresentava uma lista de motivos descrevendo percepções e atos involuntários de alguém que viveu bastante tempo na Alemanha. Um deles era "você fica terrivelmente incomodado com um atraso de 5 minutos do ônibus". E, sim, os ônibus são pontuais e chegam cedo nos destinos. Mesmo que a cidade tenha pouco mais que 80 mil habitantes e uma área 13 vezes maior que o Plano Piloto os ônibus da Viplan conseguem se atrasar. Com certeza arquitetura e urbanismo completamente diferentes influenciam na mobilidade urbana, mas a poucos dias de completar 52 anos Brasília ainda não tem um sistema de mobilidade urbana aceitável. Projeto que deveria ter ganhado quando ainda debutante.
Outro fator importante é a proximidade entre passageiros-motorista e passageiros-passageiros. A despeito da sinalização interna do ônibus orientar a não falar com o motorista enquanto este dirige, hoje, surpreendentemente, o motorista se manifestou. O grupo que se encaminhava para a primeira aula de Canto Coral (eu e alguns estadunidenses, australianos, japoneses e uma italiana) alguém falava alto em inglês. O motorista puxa um microfone, fala para que todos no ônibus ouçam, mas se direciona a nós: "You know, it's not good to speak in here. Even more if it's English. If you are in Germany you must Deutsh sprechen". Espanto de todos, bocas abertas em um silêncio em conformidade com o que acabara de ser dito pela autoridade, de forma que nenhum idioma explicaria melhor. "You know that I am joking, don't you?". Gargalhadas que dispensam tradução e alívio e alegria de todos.
Mas para me sentir completamente feliz com a mobilidade urbana europeia me falta uma bicicleta. Ainda alimento o sonho de sair da Alemanha pedalando rumo à Holanda. Mesmo que a mais de 200 Km de distância da cidade holandesa mais próxima. E farei isso mesmo que tenha que pegar um ônibus para Banhof, de lá um trem da Deutsche Bahn para o mais próximo da fronteira e de lá seguir de bicicleta. (:

sábado, 14 de abril de 2012

deepness is a warm gun with which you will end up killing yourself. drowned.


Eu sei que minha cabeça só vai se abrir para as coisas que eu tenho pra pensar na hora que ela tocar o travesseiro, mas relutantemente começo esse texto sem uma ideia principal do que escrever. Assim como Bruce Lee disse na entrevista cedida a Pierre Berton em 1971 que acabei de assistir: be formless, shapeless, like water. E esse texto começa sem formato mas ainda assim pode ser fluído ou até mesmo chocar em algo. Ou em nada.
Andei pensando que relacionamentos não são como conversas de ônibus. Não se começa um relacionamento por meramente se sentir na necessidade de reagir à presença da outra pessoa. Nem muito menos pela necessidade de cumprir um papel esperado por essa outra pessoa. No entanto está no bom trato da relação interpessoal cuidar para que o outro não se machuque. E digo mais, há que se saber a diferença entre relacionamento e relação. Não se começa um relacionamento do nada, do mero “bom dia, acho que vai chover”. O que eu tenho visto bastante ao meu redor é exatamente a exceção que às vezes é regra. A necessidade (construída) de se ter alguém ao lado para assim expandir o alcance da sua zona de conforto, por vezes, impera sobre a consciência do que você precisa e o que você quer. O que tenho visto é uma horda de pessoas inseguras (como eu) mas que, ao invés de enfrentar suas inseguranças e tornar isso uma luta própria com possíveis conquistas futuras fruto do seu mérito, têm relegado ao outro a tarefa de ser o apoio nos momentos difíceis, o ombro na hora da lamúria, o ouvido para os desabafos repetitivos. Acho que se a pessoa tivesse ouvido isso no primeiro momento, logo depois do “bom dia, acho que vai chover, vou me escorar em você para que eu não ter que encarar os desafios”, ninguém começaria qualquer relação. E isso se vale para amigos, estes que serão companhia certa mesmo após dissensões só vistas em tragédias gregas. Estes, sim, são seus amigos. Não tô falando de colegas ou gente com quem a gente se acostuma. E eu ando sentindo falta disso, das amigas e dos amigos do peito. Posso ficar anos longe delas/deles que quando nos reencontrarmos vai parecer que nos vimos no dia anterior. E esse é o tipo de pessoa e relação sadia que quero ter com as pessoas que me cercam, mesmo que não seja full time. A única pessoa full time que encaro sou eu mesmo e já me dou muito trabalho. Sendo assim, não sei se tá na hora de qualquer envolvimento vazio, superficial demais para trazer qualquer significado bom para minha vida. A vida tá fluindo bem que nem um rio de água calma. Um dia vira queda d’água, mas não creio que seja agora.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

1.61803399


Coincidências não são fruto do acaso. Elas são tão somente nós de uma rede enorme formada pelos encontros de várias linhas de tempo. Sounds very lame, but the strings stuck together make a web.
Pois não é por acaso que eu fecho a porta do apartamento onde moro, no último andar do prédio 65 de Unterhof às 9h30 da manhã e na parede do outro lado do corredor, sob a sombra de seu véu, uma turca realiza o mesmo ritual matinal que eu. E, em meio a um sorriso, retribui sonoramente o Guten Morgen que lhe havia sido lançado. Foi somente o primeiro dia, mas se desenhava como todos os outros a se repetirem. Mesmo portal a ser passado, mesmo elevador a ser pegado. Assim como o ônibus número dez.
Pouco depois de encontrar a sala de aula, me sento à espera da professora e me surpreendo mais uma vez naquele dia, por algum arranjo das circunstâncias, Archie, o estadunidense que havia conhecido no dia em que concluí minha matrícula e que havia passado 2 meses fazendo pesquisa de campo no Pará, iria frequentar aquela aula. Conversamos um pouco, começa a aula. Descubro que ele também mora em Unerhof, divide um doppelappartement com uma conterrânea com a qual ele não conversa. Fim de aula, despeço-me. See you later.
Vou almoçar no restaurante universitário sem a companhia da Nathália. Por acaso o Thomas Patterson e sua mais nova colega Anna já estavam na fila. Subiram para que eu os encontrasse depois. Schnitzel com spaghetti e uma salada de cenoura e maçãs que eu escolhi. Estranhamente doce, mas alguma surpresa findaria não sendo das melhores. Me chamaram para uma audição para um coral, 20 minutos depois da refeição, às 13h. A princípio achei que seria algo grande, como o coral natalino da UnB. Mas por fim me deparei com um coral de oito pessoas em que em declarei barítono mas findei sendo baixo. "A bass is a type of male singing voice and possesses the lowest vocal range of all voice types"… Já era alguma coisa para alguém que estava em um coral em que (quase) todas as instruções eram passadas em alemão. Mímese para sobreviver. O inglês me salvava, mesmo quando Anna insistia em falar rapidamente para provar que para estrangeiros era realmente complicado entender tudo o que era dito. Ela mesma não sabe Português, mas disse-me que seu roomate tinha alguma noção. Poucas perguntas depois descubro que ela mora em Unterhof e divide apartamento com ninguém menos que Archie, o fellow estadunidense
que tinha suas noções de português por ter pisado em solo nortense. Olha lá.
Passado o teste me deparei com outro arranjo do destino. Uma disciplina que seria de grande ajuda para minha monografia e, basicamente trata das candidaturas de Mitt Romney e de Barack Obama analisando-os em suas biografias, como estrelas políticas. Ponto para meu projeto cambota. Ao voltar para casa, lá está Archie no mesmo ônibus que eu. Voltamos o caminho comentando sobre trivialidades acadêmicas e na frente do meu prédio, perto da entrada do dele, Anna passa por nós e cumprimenta ambos com um comedido menear de cabeça e um sorriso de Gioconda. Ao menos serviu para desembolar o meio de campo.
Subo para casa, fecho a porta do apartamento, seguro a porta do portal para a turca passar. "Danke shcön", "bitte schön" trocamos. Ela fecha a porta dela com outro sorriso. Eu fecho a minha com meu sorriso. Fim de mais um dia e assim se encerra o ritual de além-portas.
Tchüss.

domingo, 8 de abril de 2012

Verstrickung

nota de viagem
Touch é sensitivo. Assim como aquela old lady carioca falou sobre mim no Estúdio Brasil 2010. Eu devo a ela uma visita ou ao menos uma decente ciceroneagem. 
A teoria das cordas e Richard Bach com seu Ilusões são quase como o caos teórico e a teoria do caos da minha cabeça, um pensamento desencadeando uma reflexão profunda sobre o nada em especial. Gatsby tinha a expertise para ser bon vivant, assim como me sinto às vezes por não ter um emprego. Vou me ocupando de boa literatura e boas coincidências que a vida me proporciona. Bem ligadas por cordas atadas aos nossos tornozelos, assim como esse cartaz vermelho do Gonzo que ganhei do Samuel Amarelo, e dei a duplicata pra Gabi de Carvalho.
A vida é curiosa né.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Hallo, Deutschland

Embarque às 16h de brasília (atrasou mais de 30 minutos) e aterrissagem em Guarulhos às 18h08. O voo para Frankfurt sairia às 18h35. Obrigado por me tolhir inclusive o tempo de comer, Tam. Corri e embarquei. No voo já arranhei os primeiros "Hallo", "Danke schön" e "bitte schön". O que mais acho bacana, e que também havia no voo da American Airlines, é o mapa do trajeto que se atualiza conforme o avião se desloca. É trilingue, é instantâneo e realmente comprova que temos de cruzar o máximo de Land possível. Só vi o avião sobrevoar o Atlântico depois de Salvador. Já na África, sobrevoamos o Marrocos (eu acho) e subimos o Mediterrâneo por Malta até alcançar o sul da França e cruzar o centro do Velho Mundo até Frankfurt. Chegada em Frankfurt, quase 11h depois de sair de São Paulo. Duas refeições depois, uma delas com um bife que me lembrou as carnes de panela de minha querida mamãe (e nessa uma cerveja foi acompanhada, Warsteiner [desculpa, mãe]), passo pela imigração com o aviso, em inglês, de que terei de expedir meu visto na embaixada. Busco minha mala spinner que, na verdade gira em spin-up e down com todos seus quarks e demais partículas simultaneamente ao redor do eixo do meu corpo inclusive (valeu, Chinatown), e dou um calote no trem do aeroporto para a Hauptbahnhof (estação central) de FRA, sem perceber. Ah, vai, acredita. Achei que tinha que pagar pro Taxman de dentro do trem, não que eu estaria dentro da estação, à espera do trem, sem ter de passar por nenhuma catraca e ainda assim pagar em uma máquina. Feito (esse mal feito) isso, comprei meu ticket para Gießen. Dinheiro sacado num ATM pego minhas primeiras cédulas de 20 euros, admiro-as e já me desfaço de uma. €13,50 para percorrer os últimos 70km de viagem. Nathália estava à minha espera para comermos algo para o almoço, que findou sendo um Subway, e de lá já partirmos para a excursão da turma de alemão da Justus-Liebig Universität, minha universidade por quatro meses. Excursão para entender os processos de produção da Licher, cerveja local. Tudo acabou em farra, como esperado. Degustação de todos os tipos de cerveja acompanhados de muitos pretzels e alguns salsicões gelados que devem ter sido feitos no começo da manhã. Mas, fazer o quê? Em Roma, como os romanos. E esse mote vai servir não só para quando eu estiver na Itália, mas para todos os países que vou conhecer. E ah se vou.