terça-feira, 2 de novembro de 2010

sobre amores cartesianos



sobre toda a razão que reside nas escolhas do dia a dia. até mesmo nos acasos.

sobre acidentes superestimados



um punhado de memórias acaba de despencar de sobre minha cabeça. como um trovão que se anuncia pelo raio de luz a moldura branca da parede branca bradou com atraso, ao se chocar com o chão. depois de um leve toque de minha mão. e como não ria há muito, gargalhei como fosse um personagem de Milan Kundera diante do patético dos pequenos gestos. isso não representa um acidente somente porque eu vi a poeira bailar por todo o espaço vazio do meu quarto. eu vi as memórias dançando sem chão, sem apoio pelo ar que circulava constante vindo de um aparelho no chão. e lá estão virados quatro cantos de um quadro sem face.