parece que agarro as coisas com vontade somente quando a data de seu fim já é sabida.
depois só
terça-feira, 26 de abril de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
sobre aceitar a própria existência
"- Andei pensando em suicídio. Ou quem sabe alcoolismo.
Os dois são soluções para quando não há mais motivos.
E a vida só faz sentido quando fazemos diferença na vida dos outros.
Eu não tenho sentido como se fizesse diferença na vida de alguém. Parece que já não há por que abrir os olhos e acordar.
Por falar em abrir os olhos, acho que acreditaram que já fiz meu pedido.
É, dezoito. Começa agora aquela época entre a inocência infantil e a inconsequência senil. É…"
Ilustração por Johnatan Razen.
terça-feira, 15 de março de 2011
sobre o que deve ser superado
domingo, 13 de fevereiro de 2011
algo mais além de sempre voltar
não sei por onde começar. não exercito isso há tempos e talvez isso tenha influenciado o pandemônio que se fez em minha cabeça. minha linha de raciocínio se desfaz facilmente e meus dedos hesitam a cada palavra digitada. talvez a tecla que irá se apagar mais rapidamente será a delete.
não posso me deixar levar ao mesmo tempo que não acho que é saudável essa poda excessiva a que me submeto. possivelmente eu ainda não superei minha auto-crítica ou ainda não descobri como ter controle sobre essa característica dual.
não sei fazer mal a alguém e por isso os males que provoco inconscientemente (ou inconsequentemente) têm uma proporção agigantada.
não quis fazer mal. não quero ser mau. apenas quero evitar.
bob dylan vai me entender a essa hora. o que não quero é ouvir beatles bradando e antecipando uma mensagem bonita sobre amor.
não posso me deixar levar ao mesmo tempo que não acho que é saudável essa poda excessiva a que me submeto. possivelmente eu ainda não superei minha auto-crítica ou ainda não descobri como ter controle sobre essa característica dual.
não sei fazer mal a alguém e por isso os males que provoco inconscientemente (ou inconsequentemente) têm uma proporção agigantada.
não quis fazer mal. não quero ser mau. apenas quero evitar.
bob dylan vai me entender a essa hora. o que não quero é ouvir beatles bradando e antecipando uma mensagem bonita sobre amor.
domingo, 23 de janeiro de 2011
do costume de não terminar os textos…
"Brasília, 12 de outubro de 2010
Estamos sempre em situações de onde se pode retirar aprendizado. Essa é uma constante na condição humana. Se queremos aprender ou não, é outro assunto. O que me tirou da cama e me fez ligar o computador para escrever e tentar ser fiel às idéias foi a ânsia por linearizar o que aprendi. Assunto extenso, texto breve: relacionamentos. Esse ano foi para muitos dos meus amigos, principalmente os músicos, um ano de bruxa à solta. Não acho que meu ano tenha sido composto por desgraças, mas com certeza o encantamento de antes já não é o mesmo. Idealizar e Romantizar não são premissas mais, apesar de constantemente serem quase que instintivos. Não me tornei um descrente ou desiludido, de jeito maneira. Apenas aprendi com minhas experiências. Não conclui precocemente baseado só em conjecturas. Aprendi a não depender de outrem para me sentir feliz. Assim como sempre soube que não deveria condicionar minha felicidade a situações ou circunstâncias, sempre soube que depender não é algo agradável quando se trata de relacionamentos entre pessoas (“relacionamentos interpessoais” soa muito corporativo, papo de “gestores de pessoal”). A lição já sabemos de cor, só nos resta aprender, diria meu pai. Eu sabia que não devia depender, eu sabia que não devia condicionar, mas eu me conduzia àquilo a que já estava acostumado: só ficaria feliz se o telefone tocasse, só conseguiria me fazer feliz se do outro lado da linha ela estivesse feliz antes. É voluntário, estar com alguém é voluntário. Nunca se deve estar com uma pessoa para simplesmente agradá-la e satisfazer suas súplicas. O sentimento de compaixão não deve ser o motivo para a união…"
"Brasília, 12 de outubro de 2010
Estamos sempre em situações de onde se pode retirar aprendizado. Essa é uma constante na condição humana. Se queremos aprender ou não, é outro assunto. O que me tirou da cama e me fez ligar o computador para escrever e tentar ser fiel às idéias foi a ânsia por linearizar o que aprendi. Assunto extenso, texto breve: relacionamentos. Esse ano foi para muitos dos meus amigos, principalmente os músicos, um ano de bruxa à solta. Não acho que meu ano tenha sido composto por desgraças, mas com certeza o encantamento de antes já não é o mesmo. Idealizar e Romantizar não são premissas mais, apesar de constantemente serem quase que instintivos. Não me tornei um descrente ou desiludido, de jeito maneira. Apenas aprendi com minhas experiências. Não conclui precocemente baseado só em conjecturas. Aprendi a não depender de outrem para me sentir feliz. Assim como sempre soube que não deveria condicionar minha felicidade a situações ou circunstâncias, sempre soube que depender não é algo agradável quando se trata de relacionamentos entre pessoas (“relacionamentos interpessoais” soa muito corporativo, papo de “gestores de pessoal”). A lição já sabemos de cor, só nos resta aprender, diria meu pai. Eu sabia que não devia depender, eu sabia que não devia condicionar, mas eu me conduzia àquilo a que já estava acostumado: só ficaria feliz se o telefone tocasse, só conseguiria me fazer feliz se do outro lado da linha ela estivesse feliz antes. É voluntário, estar com alguém é voluntário. Nunca se deve estar com uma pessoa para simplesmente agradá-la e satisfazer suas súplicas. O sentimento de compaixão não deve ser o motivo para a união…"
Assinar:
Postagens (Atom)