domingo, 17 de agosto de 2014

já não me lembro sobre o que queria escrever, mas sei que o simples fato de começar a escrever já me fará melhor ao cabo deste ato. era algo que minha irmã frequentemente fala, com muita razão, sobre quando um indivíduo se define a partir das opiniões que ouve e dos apontamentos que outros fazem. o indivíduo passa a se comportar então como uma esponja que tudo absorve e retém e se torna pesado demais, comportando algo que não deveria. muitas vezes me pego pensando nessa imagem e me imagino nessas circunstâncias, ou quando me deixo impressionar por diagnósticos médicos específicos (e. g. a recente descoberta do agravamento do meu desvio de septo nasal) e como relaciono isto com circunstâncias aleatórias (e. g. indisposição para pedalar – provavelmente causada por sedentarismo e a seca atual do centro-oeste) fazendo ambas coisas terem relação para, por fim, eu achar que estou doente ou vou ficar mal. esta paranoia e a "síndrome do impostor" – além dessa constante necessidade de achar que eu sofro de algum mal – certamente têm me tolhido energias e tempo que poderiam ser mais bem empregados nesta vida. esta mesma "vida que é um sopro" (O.N.)  – e que, sim, pode acabar a qualquer instante, mas que não devemos pensar na possibilidade do fim dela a todo instante. acho que me falta realmente me confortar com a noção da finitude da vida e enfim aproveitar um dia após o outro. "Seize the day".

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