segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Capitão de Köpenik (e algo mais)

O filme de Helmut Käutner começou muito truncado pela simultaneidade de histórias se desenrolando e ainda havia minha complicação auditiva para aceitar o Alemão cobrindo as legendas. Lucas (o Urso, para os da FAC) concordou comigo nisso. O protagonista Wilhelm é uma figura caricata e, na prisão, lembra um monomaníaco. Fora dela um obstinado. As risadas começam a aparecer depois da compra do uniforme, objeto que marca a transição cômica no filme. Pois bem. Muitos simbolismos e frases de efeito que se justificam ao longo do filme e uma conseguiu fixar em minha mente, embora não integralmente: "você é como as pessoas te veem". Algo assim. E ela se aplica a Wilhelm e serve de pano de fundo pras ações dele.
E é a partir dessa frase que penso em algo que me incomoda. A mania que temos de julgar a parte pelo todo. Considerarmos um ato pontual, isolado às vezes, por um comportamento constante. Como conversei há pouco com o amigo Caio César e me usando das palavras de Eduardo Galeano, "não sei ser otimista full-time". E Acredito que isso se aplica a muitas outras áreas e virtudes do ser humano, seja se comportando dentro de um grupo, uma sociedade, ou na intimidade. Somos uma miscelânea de imagens que não devem ser consideradas estáticas, engessadas. Tenho princípios e sentimentos e hei de segui-los enquanto me houver razão. E por paradoxos assim que somos compostos, muitas vezes não simples e facilmetne explicáveis em alguns caracteres de um blog.
Estou sendo prolixo, sei. Acredito que podemos e devemos ser adequados às situações a que somos expostos e nos expomos...
Continuo melhor outra hora.
Por hoje, um abraço.

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